Amores Confusos

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uma observadora

Sunday, May 27, 2007

Era um cavaleiro branco em um enorme corcel prateado, vindo do universo das estrelas para a terra, movido pela curiosidade, pelo desejo de descobertas, não imaginava o que encontraria. Nos seus delírios mais sórdidos não poderia imaginar que o avesso do avesso pudesse habitar o planeta terra.
O amor é sentido quando olhamos para o conhecido todos os dias como desconhecido, quando transportamos mentalmente o SER de desejo de um lugar a outro, quando nos transportamos a quem amamos livres de todo o anseio e medo que faz com que a maioria paralise e não haja.
E no corcel prateado ele aportou, seduziu, desorientou, conquistou, descobriu, encobriu, revelou, avaliou, tentou, enlouqueceu, fibrilou, estremeceu, gozou.
Eu desejaria olhar no fundo dos teus olhos amarelos mais uma vez e ler nas entrelinhas o que eles tentavam me dizer e não tive a capacidade de entender. Você leu o que os meus te diziam?
No rabo de um cometa ele segurou para fazer a viagem encantada, fantástica, mágica, aquela que a deixaria presa ao mesmo cometa, mas que a deixaria queimada.
Que vontade de tomar leite, branco, natural, quente, gelado, purificador da alma, dos sonhos, do encanto.
Se a cada momento formos capazes de descobrir no outro algo novo, então podemos envelhecer ao lado desta pessoa, ela sempre se mostrará nova.
Como gostaria de beijar tua boca novamente e dizer-te palavras doces, como desejo sentir o gosto doce da tua boca.
Ao descer a terra o cometa se desfez em grande velocidade e transformou-se em milhares de estrelas coloridas cadentes de grande intensidade, e a música doce ao fundo iluminava o que antes era escuridão, e o dia se fez na noite mais escura do mundo.
A largata dava flashes de sua aparição e causava grande desconforto as rosas e bromélias. Que a largarta se torne logo borboleta!
Na noite escura a fênix renasceu para a eternidade, o beija-flor admirado batia suas asas, o louva-deus agonizava porque sabia que tinha perdido a luta.
E o príncipe do rabo da estrela era o senhor dos céus e da terra e tinha todos os seres que desejasse a seus pés, mas ele não os admirava por estarem a seus pés, admirava-os por tentarem estar sempre caminhando, voando, brotando ao lado dele.
Que destino! amar um ser alado! Era um cavaleiro branco em um enorme corcel prateado, vindo do universo das estrelas para a terra, movido pela curiosidade, pelo desejo de descobertas, não imaginava o que encontraria. Nos seus delírios mais sórdidos não poderia imaginar que o avesso do avesso pudesse habitar o planeta terra.
A grande ironia da vida:

um tem asas, outro está preso a terra,

um arrisca-se a voar, outro tem receio de sair do chão,

um aventura-se, outro arrisca-se

Mas o que poderá acontecer se um segurar na mão do outro e juntos conquistarem os espaços a que se lançam...

Novas estrelas, novas galaxias, novos mundos estão a frente dos dois... basta que queiram e que se lancem juntos.

O amor não é para ser descrito, idealizado, é para ser amado!


Por Izd Sun Ril